Bela imagem. Gostei da citação. Eu nem sei o que faço com os meus sonhos. Se calhar... nada. . Feliz fim-de-semana. . Pensamentos e Devaneios Poéticos .
Belo monumento Lis. Foto perfeita. Ah, os fantasmas, saber que os tenho e nas noites visitam os meus sonhos em forma de pesadelos. Bom lindo fim de semana. Bjs
À solta. Os fantasmas pedem liberdade, querem andar à solta na miragem como cães açulados!
Permito-me trazer o excerto ampliado de Água Viva de Clarice Lispector: "Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico ― a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite de meu sonho. As vísceras torturadas pela voluptuosidade me guiam, fúria dos impulsos. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me. Mas se eu esperar compreender para aceitar as coisas ― nunca o ato de entrega se fará. Tenho que dar o mergulho de uma só vez, mergulho que abrange a compreensão e sobre tudo a incompreensão. E quem sou eu para ousar pensar? Devo é entregar-me. Como se faz? Sei, porém, que só andando é que se saber andar e ― milagre ― se anda. Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê. Eis que de repente vejo que não sei nada. O gume de minha faca está ficando cego? Parece-me que o mais provável é que não entendo porque o que vejo agora é difícil: estou entrando sorrateiramente em contato com uma realidade nova pra mim e que ainda não tem pensamentos correspondentes, e muito menos ainda alguma palavra que a signifique. É mais uma sensação atrás do pensamento". In: Clarice Lispector, Água Viva.
Meus fantasmas... colaram-se a mim que nem ostra, particularmente, nestes últimos dois anos... e não vejo jeitos de quando largarão do meu pé!... Mas não temos uma convivência particularmente amistosa... como na fantástica escultura, aqui mostrada! Tento ignorá-los... mas... continuam rondando!... Antigamente, mal dava por eles... agora... vão afiando os dentes, todo o dia, um pouco mais... Adoro o enquadramento! Beijinhos Ana
Bela imagem. Gostei da citação. Eu nem sei o que faço com os meus sonhos. Se calhar... nada.
ResponderExcluir.
Feliz fim-de-semana.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Bela imagem com as palavras e Clarice, ficou tudo em sintonia.
ResponderExcluirTarde feliz!
Beijinhos
:)
Parece que o primeiro comentário não entrou.
ResponderExcluirGostei bastante da citação, mas agradou-me ainda mais a bela foto.
Quanto aos fantasmas , já os reduzi à sua insignificância e dos sonhos poucos restam
Amiga, beijinho de bom final de semana :)
Simplesmente maravilhoso!!
ResponderExcluir-
Cheira a verão, numa primavera apressada
Beijos, e um bom fim de semana.
Bello fragmento de Clarice... que en español rima con Lis.
ResponderExcluirAbrazo hasta vos.
Lindo post.
ResponderExcluirArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Belo monumento Lis. Foto perfeita.
ResponderExcluirAh, os fantasmas, saber que os tenho e nas noites visitam os meus sonhos em forma de pesadelos.
Bom lindo fim de semana.
Bjs
Um belo monumento , muito bem acompanhado com o texto da Clarice Lispector.
ResponderExcluirAbraço, saúde e bom fim de semana
Pode ser na Suíça, mas a estátua fez-me lembrar o mito de Rómulo e Remo, fundadores de Roma. Provavelmente até existirá alguma ligação.
ResponderExcluirUm belo monumento que inspira ternura.
ResponderExcluirAbraço Lis
"Camino por la cuerda floja,al borde de mis sueños",precioso a esta hora para mis ojos.
ResponderExcluirÀ solta. Os fantasmas pedem liberdade, querem andar à solta na miragem como cães açulados!
ResponderExcluirPermito-me trazer o excerto ampliado de Água Viva de Clarice Lispector:
"Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico ― a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite de meu sonho. As vísceras torturadas pela voluptuosidade me guiam, fúria dos impulsos. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me.
Mas se eu esperar compreender para aceitar as coisas ― nunca o ato de entrega se fará. Tenho que dar o mergulho de uma só vez, mergulho que abrange a compreensão e sobre tudo a incompreensão. E quem sou eu para ousar pensar? Devo é entregar-me. Como se faz? Sei, porém, que só andando é que se saber andar e ― milagre ― se anda.
Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê.
Eis que de repente vejo que não sei nada. O gume de minha faca está ficando cego? Parece-me que o mais provável é que não entendo porque o que vejo agora é difícil: estou entrando sorrateiramente em contato com uma realidade nova pra mim e que ainda não tem pensamentos correspondentes, e muito menos ainda alguma palavra que a signifique. É mais uma sensação atrás do pensamento".
In: Clarice Lispector, Água Viva.
Um lindo registro, Lis! E quem não tem fantasmas assombrando, vez ou outra ??? Grande abraço.
ResponderExcluirÉ, Clarice Lispecto é incrível, adoro todo esse mistério dela!
ResponderExcluirUm Feliz Domingo, querida Lis!
Beijinho
Meus fantasmas... colaram-se a mim que nem ostra, particularmente, nestes últimos dois anos... e não vejo jeitos de quando largarão do meu pé!...
ResponderExcluirMas não temos uma convivência particularmente amistosa... como na fantástica escultura, aqui mostrada! Tento ignorá-los... mas... continuam rondando!... Antigamente, mal dava por eles... agora... vão afiando os dentes, todo o dia, um pouco mais...
Adoro o enquadramento! Beijinhos
Ana